DIFICULDADE COM NÚMEROS E CÁLCULOS É MAIS COMUM DO QUE SE PENSA.

Déficit de percepção visual ou problemas quanto à orientação sequencial podem levar à dificuldade de aprendizagem com as operações aritméticas. O indivíduo é quase "cego" para questões envolvendo números e precisa usar os dedos para resolver os mais simples problemas de adição e até mesmo contagem. Consegue entender os conceitos matemáticos, porém tem extrema dificuldade em trabalhar com números, símbolos matemáticos, fórmulas e enunciados. Apresenta lentidão extrema da velocidade de trabalho, pois não tem os mecanismos necessários para decorar tabuada e conseguir usar as sequências numéricas decoradas. Não consegue posicionar os números de uma operação na folha de papel e apresenta dificuldades para lidar com operações (adição, subtração, multiplicação, divisão). Faz muita confusão no uso de símbolos matemáticos (= + - : . < >) e possui dificuldade para entender palavras usadas na descrição de operações matemáticas. A dificuldade para aprender números, termos matemáticos e cálculos pode ser classificada como discalculia (incapacidade de calcular) e agnosia digital (incapacidade de envolver os dedos da mão em processos mentais, como o de contar). Estima-se que esses problemas afetam entre 5% a 10% dos alunos e é mais comum do que a dificuldade com a leitura e escrita. A dificuldade com os números tem um impacto no desempenho acadêmico e nas oportunidades de trabalho. Os estudantes com esses sintomas são infelizes e seus professores sentem-se impotentes. Muitos pais ignoram que essa condição possa estar acontecendo com seus filhos e até em alguns casos consideram que seja falta de compromisso da criança com o conteúdo escolar.

Os educadores devem estar atentos aos sintomas da discalculia, de forma que possam oferecer ajuda aos que apresentarem essa dificuldade.

Sugestões para ajudar:

• Prestar atenção ao processo de pensamento utilizado pela criança.
• Incentivar a visualização do problema, com desenhos, para depois investigar o processo utilizado na escola.
• Permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada.
• Usar caderno quadriculado.
• Elaborar questões claras e diretas nas avaliações.
• Reduzir ao mínimo o número de questões.
• Aplicar prova sem limite de tempo e com um monitor, para se certificar que o aluno entendeu o que foi solicitado nas questões.
• Garantir espaço para que a criança desenvolva oralmente as soluções matemáticas, para depois redigi-las no papel.
• Transcrever as respostas da avaliação, durante a prova, se necessário; o professor deve lembrar-se que os números e o cálculo são óbvios para nós... 

Anelise Caldonazzo Pinheiro
 

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